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Cistite 

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Muitas mulheres são acometidas por uma doença muito comum e que causa alguns incômodos: a cistite. Apesar de não ser exclusiva do sexo feminino, a cistite não é tão comum nos homens, devido às diferenças anatômicas do corpo humano. Cistite nada mais é do que um tipo de infecção urinária, que acomete a via urinária baixa, ou seja, a bexiga. Muitas pessoas confundem infecção urinária com cistite, mas elas não são a mesma coisa. A cistite é uma das formas de infecção urinária, mas não é a única.

De acordo com a ginecologista do Mater Dei, Cláudia Laranjeira, “a cistite é causada em 95% dos casos por bactérias da própria flora (vaginal ou intestinal) da mulher, mas  pode também ser causada por fungos”. Dentre os sintomas, destacam-se dor ao urinar, dor na região do abdome inferior, semelhante à cólica, aumento da freqüência urinária, urgência para urinar, perda de urina antes de chegar ao banheiro e, até mesmo, perda de sangue na urina.

A cistite não é transmitida através de relação sexual. Trata-se de uma doença causada por germes da própria flora vaginal ou intestinal, não sendo transmitida de uma pessoa para outra. Porém, a relação pode estimular o aparecimento da doença. “Muitas mulheres iniciam os sintomas  após a relação sexual, principalmente quando há um aumento no número de relações – por isto existe o termo “cistite de lua de mel”. Isto acontece devido à maior manipulação da região genital e contaminação da região da uretra e subida dos germes até a bexiga, pois a uretra da mulher é muito curta. Esta característica anatômica favorece a ascensão de bactérias até a bexiga. Por isso a doença é mais comum em mulheres.

O diagnóstico é feito principalmente pela análise dos sintomas e a confirmação se dá pelo exame laboratorial da urina e cultura. O tratamento é realizado com antibióticos, a partir do resultado do exame e da avaliação do médico. Para evitar a cistite, é recomendado fazer a higiene adequada da região genital, evitando manipulação excessiva “de trás para frente”, estabelecer um esvaziamento da bexiga a cada 3 ou 4 horas, evitar longos períodos sem urinar, esvaziar completamente a bexiga cada vez que for ao banheiro e não fazer ducha intravaginal, pois estas duchas podem desequilibrar a flora e predispor crescimento de germes que contaminam a uretra e bexiga.

A cistite frequente, denominada cistite de repetição pode causar dor pélvica crônica, dor vulvar e desequilíbrio do tônus da musculatura do assoalho pélvico, além de, também, poder ser reflexo de outras enfermidades, como alterações do trato urinário (por exemplo, cálculos), mal formações do trato urinário, complicações pós cirurgias pélvicas ou doenças crônicas como diabetes descompensado.

RESPONSÁVEL:
Cláudia Laranjeira

Ginecologista
CRM-MG: 28841

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