Reprodução Humana Mater Dei

O Centro de Reprodução Humana Mater Dei, localizado no 2º andar do Mater Dei Santo Agostinho e com consultas eletivas também no ambulatório do Mater Dei Betim-Contagem, é constituído com o que há de mais avançado em tecnologia de reprodução assistida. Com corpo clínico especializado, um importante diferencial é estar instalado dentro do Hospital.

A sala exclusiva de procedimentos, dentro do ambiente cirúrgico, com acesso direto ao laboratório, permite a execução de todo tipo de técnica necessária para o sucesso no tratamento. Tudo de acordo com as normas de segurança recomendadas para o atendimento e oferecer mais atenção aos pacientes.

O tratamento é indicado para pessoas que não conseguiram engravidar após um ano de vida sexual ativa, sem utilizar métodos contraceptivos, para os casais de relação homoafetiva, em casos de postergação de fertilidade por motivos sociais, ou nos casos oncológicos, quando a fertilidade pode ser afetada.

Mas afinal, o que é a Infertilidade?

A infertilidade é definida como a incapacidade de engravidar após um ano de atividade sexual sem o uso de qualquer método contraceptivo e atinge cerca de 15% dos casais.

– 35 anos

O período de um ano é considerado normal para se engravidar. Se não ocorrer a gravidez em um ano, um especialista deverá ser consultado para realização de exames direcionados para avaliação da fertilidade.

+ 35 anos

Em mulheres acima dos 35 anos, o tempo de espera para engravidar deve ser de seis meses devido à redução da reserva ovariana (quantidade e qualidade do óvulos nos ovários).

CAUSAS E INCIDÊNCIA DA INFERTILIDADE

Qual a causa de Infertilidade?

Os fatores responsáveis pela infertilidade podem ser masculinos e femininos. É importante ressaltar que independente do fator etiológico a abordagem sempre visa o casal.

Para além dos fatores biológicos há também o uso da reprodução assistida por outros fatores como para quem deseja uma produção independente, casal homoafetivo e pessoa transgênero. 

Infertilidade em homens

  • Baixo número de espermatozoides;
  • Ausência de espermatozoides por uma falha na produção no testículo ou por uma obstrução nos canais de saída dos espermatozoides;
  • Diminuição da motilidade do espermatozoide, o que impede que ele encontre e fertilize o óvulo, processo que habitualmente ocorre na trompa;
  • Alterações na forma do espermatozoide, o que interfere na sua capacidade de penetrar nas camadas do óvulo;
  • Dificuldade no coito, por algum distúrbio na ejaculação ou na ereção.

Infertilidade em mulheres

  • Distúrbios da ovulação onde a paciente apresenta irregularidade menstrual que afetam o período ovulatório;
  • Obstrução Tubária: impede que haja o encontro entre o espermatozoide e o óvulo. A avaliação é feita pela radiografia das trompas (histerossalpingografia) ou pela laparoscopia;
  • Alterações no útero: doenças como miomas, pólipos, infecções, aderências ou malformações podem impedir que o embrião tenha uma implantação correta. Ultrassom, ressonância magnética e a histeroscopia são exames usados para se avaliar o útero.

Qual é a incidência da Infertilidade?

Estima-se que a prevalência da infertilidade conjugal seja de 10% a 15% dos casais. Esta taxa aumenta com a idade da mulher, observando-se redução significativa após os 35 anos de idade.

TRATRAMENTOS DISPONÍVEIS NA MATER DEI

Indução da ovulação e orientação de coito

Uso de medicamentos para induzir o crescimento de um a quatro folículos capazes de liberar o óvulo (em cada folículo se desenvolve um óvulo) para serem fecundados durante a relação sexual programada. Para isso é utilizada a monitorização do ciclo com auxílio da ultrassonografia endovaginal.

Estimulação da ovulação e inseminação intrauterina (IIU)
Trata-se de uma técnica simples de reprodução assistida (baixa complexidade). Para a realização da IIU é necessário que as trompas não estejam obstruídas e o espermograma sem alterações importantes. Na IIU, o sêmen preparado no laboratório é colocado dentro do útero e a fertilização ocorre dentro do organismo feminino.

Congelamento de espermatozoides

Assim como as mulheres, os homens também têm sua capacidade reprodutiva comprometida pela idade. Em casos de paternidade tardia o congelamento dos espermatozoides possibilita a preservação da fertilidade masculina e a qualidade do esperma. As amostras congeladas podem ser armazenadas por tempo indeterminado e descongeladas quando o paciente desejar utilizá-las em um tratamento de reprodução assistida sem acarretar nenhum risco genético ou à gestação.

Esse tratamento é indicado para homens que passarão por procedimentos que comprometam sua fertilidade ou em casos onde o homem pretende fazer vasectomia, mas teme que futuramente mude de ideia e opte pela paternidade.

Congelamento de óvulos

Após os 35 anos de idade há uma queda brusca na fertilidade feminina. Esse método de criopreservação é indicado quando mulheres optam por adiar a maternidade ou precisam fazer a retirada dos ovários, como é o caso de algumas pacientes em tratamento oncológico, por exemplo.

Apesar de ser possível realizar o congelamento dos óvulos em idades superiores aos 35 anos é recomendável que a mulher não ultrapasse essa idade para o congelamento uma vez que, após essa idade, a taxa de fecundidade cai gradativamente.

Pesquisa Genética de embriões

Algumas doenças são adquiridas de forma hereditária através da alteração em um dos genes. Quando os pais sabem que há a possibilidade do filho adquirir alguma condição genética é possível usar o recurso da reprodução assistida com o PGT (Teste Genético Pré-Implantacional).

O teste é recomendável no processo de FIV quando há esse histórico na família e em casos de cariótipo parental alterado ou, em alguns casos, abortamento de repetição. Através do PGT é possível identificar alterações genéticas no embrião antes de serem transferidos para o útero. Dessa forma, possíveis doenças hereditárias são evitadas no bebê.

O método permite detectar anomalias cromossômicas (como a síndrome de Down, Turner, Patau, Edwards e Klinenfelter) e mais de 100 doenças hereditárias, como anemia falciforme, talassemia beta, surdez congênita, fibrose cística e síndrome de imunodeficiência congênita.

É importante esclarecer que o exame não aumenta a taxa de gravidez. A avaliação não “melhora” o embrião, apenas detecta anomalias cromossômicas.

Fertilização in vitro (FIV)

Trata-se de uma técnica de reprodução assistida na qual o processo de fertilização (a fecundação do óvulo pelo espermatozoide) pode ocorrer de forma convencional, na qual o espermatozoide é colocado em contato com o óvulo e o processo de fertilização ocorre espontaneamente; ou pode ser feito a partir da Injeção Intracitoplasmática de Espermatozoides – ICSI, em que um espermatozoide é escolhido e colocado dentro do óvulo com auxílio de um equipamento chamado micromanipulador de gametas.

Ovadação

A ovodoação consiste em uma técnica de reprodução assistida na qual a futura mãe (mulher receptora) realiza um procedimento de fertilização in vitro (FIV) onde é utilizado o óvulo de uma doadora. A doadora é anônima e não pode pertencer à família da receptora. Vários critérios são utilizados para a escolha da doadora de óvulos, entre eles estão a idade que, obrigatoriamente, deve ser abaixo de 35 anos e a ausência de doenças infecto-contagiosas, hereditárias ou cromossômicas.

Congelamento de embriões

Também conhecido como um método de criopreservação, esse tratamento consiste em congelar os embriões desenvolvidos através da fertilização in vitro (FIV) possibilitando transferências futuras para novas tentativas de gravidez. A partir da FIV pode haver o desenvolvimento de vários embriões saudáveis e nem todos precisam ser transferidos para o útero, sendo assim, é realizado o congelamento dos embriões.

Caso o casal desista de engravidar, os embriões permanecem congelados até que seja definido um destino para eles (As possibilidades são doação para outro casal, doação para pesquisa científica ou de acordo com a Resolução 2.168 do CFM de 21/09/2017 os embriões deverão ser mantidos pelo casal no mínimo por 3 anos).

Eclosão assistida (hatching)

Para que a mulher engravide é necessário que o embrião saia da zona pelúcida que é uma membrana que o protege. Esse é um grande desafio na implantação do embrião durante a reprodução assistida. 

Para facilitar esse processo o procedimento de eclosão assistida é utilizado a partir de uma micromanipulação que abre um orifício nessa membrana durante o desenvolvimento, in vitro, do embrião, para facilitar a sua adesão ao endométrio.

Gestação de Substituição

Conhecida erroneamente como barriga de aluguel, a gestação de substituição é recomendada desde que exista um problema médico que impeça ou contra-indique a gestação na mulher ou para casais homoafetivos. 

Para o tratamento de gestação de substituição, o casal gera um embrião que é implantado no útero de uma mulher voluntária que deve ser da família de um dos parceiros com parentesco até quarto grau conforme recomendação da legislação vigente. Demais casos estão sujeitos a autorização do CRM.

Gestação de substituição para casais homoafetivos:

Para um casal de homens é necessário o uso dos espermatozoides de um dos dois e os óvulos de uma doadora anônima. Os embriões resultantes serão transferidos para o útero. A cessão temporária do útero não pode ter caráter lucrativo ou comercial de acordo com a Resolução 2.168 do CFM de 21/09/2017.

No caso de um casal de mulheres, é realizada a gestação compartilhada onde uma fornece os óvulos e a outra o útero. Os espermatozoides partem de um doador anônimo.  

Preservação da fertilidade

A preservação da fertilidade pode ser procurada por variados motivos como desejo de postergar a gravidez ou tratamentos para doenças que podem comprometer a fertilidade, como o tratamento oncológico por exemplo. 

O momento ideal para procurar a Oncofertilidade seria antes do início de um tratamento oncológico (quimioterapia ou radioterapia). Como existe um aumento da incidência de câncer em pacientes jovens e as chances de cura estão cada vez mais altas, é muito importante analisar as consequências do tratamento e tomar as medidas necessárias para a preservação da fertilidade.

Para as mulheres existem três opções disponíveis: 

  • Congelamento de óvulos: o congelamento é feito de 12 a 14 dias antes do tratamento. Nesse caso, é feita a indução da ovulação para coleta e armazenagem dos óvulos maduros que serão mantidos congelados;
  • Congelamento de embriões: Nesse caso, a fertilização é realizada em laboratório após a coleta dos óvulos e espermatozoides para que, posteriormente, haja o congelamento dos embriões;
  • Congelamento de tecido ovariano: Nesse método é necessário que a mulher realize uma cirurgia por videolaparoscopia para retirar parte do ovário. O tecido retirado passa por preparação e é congelado, podendo posteriormente ser reimplantado e voltar a produzir óvulos. 

Preservação da fertilidade para homens:

No caso dos homens que passarão por tratamento oncológico ou qualquer outro fator que necessite da preservação da fertilidade, basta procurar o Centro de Reprodução Humana para congelamento adequado do sêmen antes de iniciar o tratamento. 

Banco de sêmen

Este não é um serviço oferecido pela Rede Mater Dei de Saúde, porém, é importante que os casais tentantes saibam dessa possibilidade: 

O banco de sêmen (ou banco de doadores de esperma) é uma espécie de arquivo que reúne amostras do material biológico coletado de doadores voluntários. As doações são anônimas e voluntárias de acordo com a legislação brasileira e o Conselho Federal de Medicina. 

Diversos dados do doador, como  seu histórico médico, familiar, cor dos olhos, da pele, cabelo, altura, peso, idade, profissão e outras informações ficam à disposição para a mulher ou casal tentante consultar. 

Geralmente, esse recurso é procurado por casais homossexuais femininos, mulheres solteiras em busca de produção independente e casais heterossexuais que enfrentam problemas de fertilidade masculina.

Quem são os doadores de esperma? 
Os doadores de esperma são homens que decidem ir até o banco e se oferecem para integrar o cadastro de voluntários. É necessário ter entre 18 e 50 anos, ser saudável e não pertencer a grupos de risco para doenças sexualmente transmissíveis, não ser portador de doenças genéticas ou ter patologias congênitas graves na família. 

É realizada uma série de exames, como espermograma e exames sorológicos para ter certeza de que o esperma é de boa qualidade e produzirá embriões saudáveis quando for utilizado. 

A amostra fica, então, armazenada por um período para observação da janela de manifestação de determinadas doenças. Se estiver tudo certo, o homem entra de forma anônima para o cadastro de doadores.

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