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Depressão na adolescência 

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No dia 14 de maio, a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou um relatório que coloca a depressão entre as três maiores causadoras de morte de pessoas dos 10 aos 19 anos. Em primeiro e segundo lugar estão os acidentes de trânsito e a AIDS, respectivamente. 

Segundo a psicóloga do Hospital Mater Dei Marisa Decat, a família e os profissionais em contato com estes adolescentes precisam estar atentos e escutá-los, valorizar o que eles dizem e não somente considerar tudo como drama adolescente. “Eles precisam ser levados a sério. A depressão na adolescência pode ser confundida com má criação e rebeldia, mas é preciso observar sintomas como isolamento, alterações no sono, mudanças bruscas de comportamento, queixas físicas, piora no desempenho escolar, entre outros fatores”, explica a especialista. 

Alguns estudos demonstram que todas as pessoas que sofrem de problemas mentais apresentam os primeiros sintomas a partir dos 14 anos. Segundo a OMS, se os adolescentes forem tratados da maneira correta, é possível evitar mortes e sofrimento durante toda uma vida. Boa saúde física e mental refletem diretamente em uma vida adulta de qualidade. De acordo com Marisa, “a família e seus relacionamentos são fundamentais para influenciar a formação do adolescente e a recuperação de sua confiança e esperança no futuro”. 

De acordo com Marisa Decat, a adolescência é uma fase marcada por crises, mas crises passageiras. No mesmo dia, o adolescente se considera a pessoa mais infeliz do mundo e, à noite, a mais feliz porque conseguiu chegar ao final do dia, superando seus obstáculos. Crescer é doloroso e precisa de apoio, observação e cuidado. Prestar atenção aos detalhes garante um bom desenvolvimento do adolescente e pode salvar vidas.

No adolescente deprimido, o processo de crise é longo, de característica permanente. “É preciso dar a devida atenção à fase adolescente, pois é ela que prepara o ser humano para a vida adulta. É decisiva para as situações futuras que exigem a capacidade de adaptar-se e de lidar com perdas naturais do desenvolvimento como ser humano”, completa a psicóloga.

RESPONSÁVEL:
Marisa Decat

CRP: 04-1389

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