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Herpes-zoster 

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A Herpes-zoster é uma doença provocada pelo vírus Varicela-zoster, da família do Herpesvírus. Popularmente conhecida como “cobreiro”, a doença atinge cerca de 10 a 20% da população durante a vida, sendo que em 67% dos casos, ela se manifesta em indivíduos acima de 60 anos.

Segundo a médica patologista, Flávia Massote, a Herpes-zoster decorre da reativação do vírus Varicela-zoster causador da varicela. “Normalmente, temos contato com esse organismo na primeira infância”, afirma a especialista. Esse vírus permanece em latência, inativo, mas pode ser reativado em situações de baixa de imunidade, como na terceira idade ou decorrente de doenças hematológicas malignas, HIV e uso de medicamentos imunossupressores em altas doses, por exemplo corticoide.

“O vírus entra por meio da mucosa do trato respiratório ou pela conjuntiva e se dissemina através do sangue para as células mononucleares da pele, ficando em estado latente nos gânglios dorsais profundos (estruturas de reserva do sistema imunológico)”, explica a médica. Os sintomas mais comuns da doença são uma sensação de coceira, formigamento ou dor intensa em uma área localizada da pele. Além disso, em alguns casos, há o surgimento de uma vermelhidão, de bolhas e até mesmo crostas em um curto período de tempo – cerca de 10 dias.

O tratamento deve ser normalmente direcionado a minimizar a dor do paciente, que pode ser bem limitante. Em indivíduos acima de 50 anos ou imunodeprimidos é recomendado o uso precoce de antivirais, visando reduzir a replicação viral e, consequentemente, diminuir as complicações.

O Brasil possui a vacina contra Herpes Zoster. Esta vacina é produzida com a mesma cepa da vacina da varicela, porém com concentração 14 vezes maior do que a primeira. É recomendada apenas uma dose a partir dos 50 anos de idade.  A vacina tem como objetivo aumentar a imunidade celular do paciente, em relação ao vírus Varicela-zoster. Porém, é contraindicada em pacientes imunodepremidos, em tratamento imunossupressor ou quimioterapia, portadores de tuberculose ou HIV não tratados.  

A eficácia da vacina na prevenção da doença é de 50%, sendo que é ainda melhor em indivíduos acima dos 60 anos. Já na prevenção da Neuralgia pós-herpética, principal complicação do Herpes-zoster,  a eficácia  aumenta para 66,5%.

RESPONSÁVEL:
Flávia Massote
Médica patologista
CRM-MG: 32764

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